O vice-presidente da República e presidente
nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da reunião que oficializou a
ruptura com o governo sob o argumento de que não desejava
"influenciar" a decisão. No entanto, ele teve participação ativa na
mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira (28) em
reuniões com parlamentares e ministros do PMDB em busca de uma decisão
“unânime”.
Comandada pelo primeiro vice-presidente do PMDB,
senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após
consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado
da votação.
"A partir de hoje, nessa reunião histórica
para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e
ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do
PMDB", enfatizou.
A decisão do PMDB aumenta a crise política do
governo e é vista como fator importante no processo de impeachment de Dilma. Há
a expectativa de que, diante da saída do principal sócio do PT no governo
federal, outros partidos da base aliada também desembarquem da gestão petista.
Atualmente, o PMDB detém a maior bancada na Câmara,
com 68 deputados federais. O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro
da sigla e as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da
crise econômica e a deflagração do processo de afastamento da presidente da
República.
Globo.com
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