O Tribunal Constitucional de Níger validou
nesta quarta-feira (30) os resultados das eleições presidenciais de 20 de
março, que deram uma contundente vitória ao presidente Issoufou Mahamadou,
reeleito com 92,94% dos votos. Mahamadou tomará posse em 2 de abril para um mandato de
cinco anos, embora a oposição (agrupada na Coalizão pela Alternância, COPA) já
anunciou que não reconhece os resultados e que considera que o mandato de
Mahamadou expira na sexta, 1º de abril, o que gera dúvidas sobre que acontecerá
no país a partir desse dia.
Por
outro lado, o candidato Hama Amadou, adversário de Mahamadou no segundo turno,
que obteve 7% de votos, obteve na terça-feira liberdade provisória por decisão
do Tribunal de Apelação de Niamey. A libertação de Amadou era reivindicada por
toda a oposição para continuar a corrida eleitoral, e a recusa a soltá-lo foi o
motivo para a COPA boicotar o segundo turno, fazendo com que Amadou tivesse tão
poucos votos. Amadou está hospitalizado em Paris, para onde foi levado com
urgência há pouco mais de dez dias por seu estado de saúde deteriorado.
O
conselheiro de Hama Amadou, Boubacar Amadou, disse hoje à Agência Efe que sua
libertação é "uma não notícia, e por isso não foi recebida com entusiasmo
pela população: o regime pensa que já não há risco porque as eleições
terminaram e os resultados foram proclamados". A oposição argumenta desde
o princípio que a detenção de Amadou é puramente política e que a razão oficial
(tráfico de bebês desde a Nigéria) foi só um pretexto para retirá-lo da corrida
política desde que foi preso, em 14 de novembro de 2015.
G1
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