A
maioria da bancada federal do Rio Grande do Norte, de acordo com levantamento
realizado pelo NOVO, se declara a favor do impeachment da presidente Dilma
Rousseff: sete parlamentares, entre deputados e senadores. A senadora Fátima
Bezerra (PT) é contrária ao processo instalado na Câmara e que vem dividindo a
opinião pública. Três parlamentares potiguares ainda não têm definição oficial
sobre o assunto.
Há
quem espera um posicionamento do partido para tomar decisão por um dos lados,
como é o caso do senador Garibaldi Alves (PMDB) e do deputado Fábio Faria
(PST). A própria deputada Zenaide Maia (PR) – a única potiguar que integra a
vaga titular na comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados -
ainda não definiu posicionamento.
Ontem
(21), ela participou de várias reuniões em Brasília, entre as quais a primeira
da comissão especial, para definir o cronograma do grupo. Apesar das
tentativas, a reportagem não foi atendida pela deputada. As informações foram
repassadas por sua assessoria. Os oposicionistas esperam que o parecer da
comissão seja votado no plenário da Casa até o final da primeira quinzena de
abril. Rogério Marinho, favorável ao impeachment, é suplente do PSDB na
comissão.
A
bancada do RN no Senado Federal é o que melhor representa a polarização. Ela é
composta pela senadora Fátima Bezerra (PT), firme defensora do partido, do
governo da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luis Inácio Lula da
Silva; pelo senador José Agripino Maia (DEM) - um dos líderes da oposição
nacional e para quem o impeachment já é um processo irreversível; e pelo o
senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), que foi ministro da Previdência no
primeiro governo de Dilma, mas espera uma decisão do seu partido para tomar
posição. Para ele, os últimos fatos “agravaram” a situação do governo.
“Eu
tive uma reunião domingo, com manifestantes (pró-impeachment), que acamparam na
frente da minha casa. Eu conversei com eles, mas não fechei questão. Nem vou
fechar para você (repórter). Ainda vou discutir com o partido. O que eu acho é
que os últimos acontecimentos agravaram a situação da presidente. Está se
acentuando uma tendência, no partido, de apoiar o impeachment”, afirmou
Garibaldi. Os últimos acontecimentos a que se refere foram a nomeação do
ex-presidente Lula e a divulgação de áudios de conversa entre a presidente e o
ex-presidente.
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