Um estudo em andamento na cidade de Jundiaí, interior de São
Paulo, que está fazendo testes de zika em um grupo de grávidas sem sintomas
constatou, segundo dados preliminares ainda a serem confirmados por novos
exames, que quase 80% das participantes foram infectadas pelo vírus da zika. O
resultado surpreendeu os pesquisadores, que o veem como sinal de que o vírus é
muito mais prevalente do que se imaginava na região.
“São
resultados muito preocupantes porque essas gestantes não apresentavam sintoma
algum”, diz o pediatra Saulo Duarte Passos, médico do Instituto Emilio Ribas e
professor titular de pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Passos está
coordenando o estudo, que começou há apenas 18 dias.
O
plano é seguir 500 mulheres com gestação de alto risco e monitorar o possível
impacto do vírus da zika na gravidez e na saúde do bebê. Foram escolhidas
gestantes de alto risco porque elas normalmente têm um acompanhamento mais
próximo dos serviços de saúde.
As
participantes devem se distribuir em três grupos: o grupo 1 seriam as gestantes
sem sintoma, o grupo 2 seriam as gestantes com sintomas sugestivos de zika e o
grupo 3 seriam as gestantes que tiveram aborto.
Até
o momento, 106 grávidas já entraram no estudo, nenhuma delas com histórico de
sintoma de zika. Dos primeiros 56 testes feitos, de 70% a 80% tiveram resultado
positivo para o vírus, segundo Passos. Todos os exames, que foram feitos com a
técnica PCR, serão repetidos com um novo método para confirmar os resultados.
Bem Estar
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