O
Índice de Confiança da Construção avançou 2,1 pontos em maio na comparação com
abril, para 69,1 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou nesta
quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse é o maior nível do indicador
desde dezembro de 2015, quando ficou em 69,4 pontos. Já a confiança do comércio
subiu 4,3 pontos na passagem de abril para maio, também na série com ajuste,
atingindo 70,9 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (72,6 pontos).
De
acordo com a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, o aumento da confiança mostrou-se
mais robusto e disseminado na construção. "Em todos os segmentos cresceu a
percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo,
alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual
cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de
fato, ocorra esta reversão", observou.
Na
opinião de Ana Maria, os empresários se tornaram menos pessimistas quanto ao
futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. "No entanto, se o
investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se
expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos
meses", disse.
No
comércio, a alta foi generalizada e atingiu 12 dos 13 segmentos investigados
pela instituição, à exceção de veículos. "A alta mais expressiva em maio
capta a redução do pessimismo no setor, mas ainda deve ser interpretada com
alguma cautela", pondera o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da
FGV, Aloisio Campelo.
"Primeiro,
porque o nível da confiança ainda está muito baixo. Segundo, porque a alta do
índice em 2016 tem ocorrido em função de uma leitura gradualmente mais
favorável em relação às chances de melhora do ambiente econômico nos meses
seguintes do que devido a uma efetiva melhora das vendas ou da lucratividade no
presente", justifica.
Veja.Ccom
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