Dezenas
de milhares de civis estão presos em meio aos combates em regiões da Síria e do
Iraque, com ONGs e ativistas convocando a comunidade internacional a agir com
urgência. Na província síria de Aleppo, perto da fronteira com a Turquia, cerca
de 165.000 deslocados, segundo a ONU, estão ameaçados por uma ofensiva do grupo
Estado Islâmico (EI), que conseguiu avançar e tomar localidades rebeldes.
Este
avanço do EI ocorre num momento em que os extremistas são alvos, desde
terça-feira (24), de uma ofensiva lançada pelas forças curdo-árabes apoiadas
pelos Estados Unidos na província síria de Raqa, onde os civis também procuram
locais seguros para se abrigar Do
outro lado da fronteira, no Iraque, dezenas de milhares de civis estão presos
na cidade de Fallujah, controlada pelo EI, que as forças iraquianas, com o
apoio aéreo dos Estados Unidos, buscam retomar desde segunda-feira.
Neste
contexto de aumento da violência, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR), a ONG Human Rights Watch e os Médicos Sem Fronteiras, bem
como a oposição e ativistas sírios, manifestaram preocupação, especialmente com
os deslocados na região de Azaz, na província síria de Aleppo. É
esta cidade, bem como perto de Marea, que o EI quer tomar dos rebeldes sírios.
Os extremistas já atingiram os arredores de Marea, 30 km ao sudeste de Azaz,
onde os violentos combates continuam, de acordo com o Observatório Sírio para
os Direitos Humanos (OSDH).
"Eles
chegaram em tanques", informou à AFP Maamoun Khateeb, um opositor ao
regime de Bashar al-Assad. Quinze mil pessoas ainda vivem na cidade. "A
situação nos campos de deslocados em Azaz é muito ruim. O sofrimento não
terminará enquanto a fronteira com a Turquia permanecer fechada e os combates
prosseguirem nas proximidades".
'Passagem segura'
O ACNUR expressou preocupação com "os milhares de civis vulneráveis afetados pelo conflito". O comissariado indicou que alertou as autoridades turcas, que se recusam há meses a abrir a fronteira, e ressaltou o direito dos civis a uma "passagem segura". A província de Aleppo está dividida entre os vários protagonistas da guerra na Síria, com áreas controladas pelo regime, outras pelos rebeldes sírios, e outras pelo EI ou pelos extremistas rivais da Frente al-Nosra (ramo sírio da Al-Qaeda).
O ACNUR expressou preocupação com "os milhares de civis vulneráveis afetados pelo conflito". O comissariado indicou que alertou as autoridades turcas, que se recusam há meses a abrir a fronteira, e ressaltou o direito dos civis a uma "passagem segura". A província de Aleppo está dividida entre os vários protagonistas da guerra na Síria, com áreas controladas pelo regime, outras pelos rebeldes sírios, e outras pelo EI ou pelos extremistas rivais da Frente al-Nosra (ramo sírio da Al-Qaeda).
Rússia
e Estados Unidos também estão envolvidos no conflito, com Moscou lutando ao
lado do regime sírio e os americanos ajudando com sua aviação e expertise as
forças "moderadas" e curdas. No
quinto dia da ofensiva lançada pelas Forças Democráticas da Síria (FDS) para
expulsar o EI da província de Raqa, a coalizão internacional liderada pelos
Estados Unidos realizou uma série de ataques a posições jihadistas, de acordo
com o OSDH, que informou que 45 jihadistas morreram desde terça-feira.
Ancara
critica
As FDS, de acordo com OSDH, tomaram algumas aldeias, mas não marcaram "avanço estratégico" frente ao EI, grupo responsável por atrocidades terríveis nas áreas sob seu controle na Síria e no Iraque. Nas áreas sob o seu controle na província de Raqa, o EI proíbe os civis de sair, e desde a última ofensiva reforçou essas restrições. Mas os civis tentaram fugir pelo deserto, pagando atravessadores.
As FDS, de acordo com OSDH, tomaram algumas aldeias, mas não marcaram "avanço estratégico" frente ao EI, grupo responsável por atrocidades terríveis nas áreas sob seu controle na Síria e no Iraque. Nas áreas sob o seu controle na província de Raqa, o EI proíbe os civis de sair, e desde a última ofensiva reforçou essas restrições. Mas os civis tentaram fugir pelo deserto, pagando atravessadores.
"A
violência, medo e privação forçam os sírios a fazer escolhas impossíveis",
lamentou o chefe da ONU para as operações militares, Stephen O'Brien, enquanto
o conflito na Síria já custou mais de 280.000 vidas e expulsou de suas casas
milhões de pessoas desde 2011. Ante
o apoio americano às forças curdas no norte da Síria, a Turquia voltou a
criticar este apoio aos combatentes que considera "terroristas". O
presidente Recep Tayyip Erdogan também acusou os Estados Unidos de hipocrisia. No
vizinho Iraque, a situação em Fallujah, 50 quilômetros a oeste de Bagdá,
"torna-se mais crítica a cada dia" para os civis, de acordo com o
Conselho Norueguês de Refugiados para o Iraque.
Via: G1
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