Depois de dominar a Virada
Cultural em São Paulo no final de semana passado, os protestos contra o
presidente interino Michel Temer (PMDB) também prevaleceram na 20ª edição da
Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (29), na capital paulista. Ativistas e
políticos presentes no trio elétrico de abertura puxaram o grito “Fora Temer”,
mas, antes disso, manifestantes já portavam cartazes, adesivos e até leques com
frases contra o peemedebista.
Além
das frases “Fora Temer” e “Temer jamais”, que apareceram em número maior, havia
cartazes pedindo a volta da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e faixas
“Fora todos”, contrárias a ambos. Adesivos contra o presidente interino foram
distribuídos pela UNE (União Nacional dos Estudantes).
Os
ativistas entendem que o governo Temer representa um perigo de retrocesso para
a agenda de inclusão da população LGBT. “É um momento arriscado. Pode haver
retrocesso em direitos adquiridos”, disse a artista Drag Tiffany.
“Primeiro,
foi a extinção do ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos
Humanos. Depois, a extinção da coordenação nacional LGBT. A secretaria do
Conselho Nacional LGBT está vaga. No ministério da Saúde, o orçamento para a
Aids e para a política de saúde da população LGBT está congelado, e a pasta que
cuida dessas agendas está vaga”, argumentou a estudante de direito Phamela
Godoy.
Transfobia
Além disso, reclamam da ação de parte da
bancada evangélica de tentar derrubar o decreto assinado por Dilma que permite
a transexuais e travestis usar o nome social nos órgãos públicos do governo
federal.
O tema da edição 2016 da Parada foi a defesa
do projeto de lei de Identidade de Gênero, justamente em favor de transexuais e
travestis. O segundo dos 17 trios elétricos presentes foi o da “Visibilidade
Trans”.
UOL
/ Foto: Wellington Ramalhoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário