O
número de caixas eletrônicos arrombados em 2015 está próximo de alcançar
o patamar do ano passado. Em 2014, foram 63 caixas eletrônicos violados
por bandidos, uma média mensal de seis casos. Neste ano, já são 55 até
ontem. Desse total, 15 foram ataques em que os arrombadores não conseguiram
levar dinheiro, mas causaram dano ao patrimônio do banco. Portanto, neste ano,
acontece uma média de cinco arrombamentos por mês.
No
mais recente caso, dez criminosos utilizaram ontem explosivos para ter acesso
ao dinheiro do caixa eletrônico de um banco na agência dos Correios e do
Bradesco, na cidade de São Rafael. Segundo a Polícia Militar, eles estavam
fortemente armados e atiraram em prédios da cidade. Depois do arrombamento, o
grupo fugiu e abandonou um dos carros no município de Angicos.
Essa
tem sido a estratégia mais utilizada pelos bandidos. Em 28 casos, os criminosos
escolheram levar os caixas pelos ares. Em outros nove casos, preferiram ser
mais silenciosos: usaram maçaricos. Os números da Segurança do Estado registram
ainda que em outras três situações o meio empregado foi diverso.
A
delegada da Divisão Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deicor),
Sheila Freitas, informou que mais de oito quadrilhas desse tipo de crime já
foram presas no Rio Grande do Norte só neste ano. Todavia, os arrombamentos
continuam. Ela afirma também que há intercâmbio de informações com as polícias
dos Estados vizinhos, uma vez que o modo de atuação dessa estirpe criminosa não
se limita a um só Estado.
O
modo de atuação dos bandidos já é conhecido da polícia. “Eles escolhem uma
cidade do interior e de madrugada, porque em cidade pequena não existe ninguém
no meio da rua às 3h. Aqui em Natal, por exemplo, ainda tem movimento”, contou
a delegada. Além disso, a fragilidade do policiamento também contribui
para a escolha das cidades pequenas. Em São Rafael, havia apenas um policial de
plantão na madrugada de sexta-feira.
Sobre
de arrombamentos dos caixas eletrônicos, ela afirma que é menor do que em
Estados vizinhos. Freitas lembrou que alguns desses casos são investigados pela
Polícia Federal. Por isso, não confirma os números da Coine.
A
Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine) da
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed/RN) utiliza a
metodologia metadados. Isso significa que o número final da estatística é
resultado do cruzamento de várias fontes, e não só de fontes oficiais do
governo Estadual, como a Deicor e Polícia Militar.
Nossa
equipe também entrou em contato com os Correios para saber quantas agências da
empresa pública sofreram esse tipo de ataque, mas foi informada que não havia
ninguém que pudesse dar essa informação na tarde da sexta-feira passada.
TN
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