Um funcionário do Ministério da Agricultura foi alvo, logo nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (23), de uma operação realizada pela Polícia Federal. Segundo a própria PF, o servidor é suspeito de práticas criminosas de corrupção e lavagem de dinheiro. A operação foi denominada de ‘Marlin’. Oito mandados judiciais de busca e apreensão em residências, propriedades rurais e empresas foram cumpridos nas cidades de Natal e Macaíba, na região Metropolitana da capital.
Ainda
de acordo com a PF, a investigação foi iniciada há dois anos, após uma
tentativa frustrada de se exportar pescado para a Espanha. Como a mercadoria
seguiu para o destino final sem a devida emissão do certificado internacional
por parte do Ministério da Agricultura, não houve a liberação alfandegária na
Europa e, por este motivo, a carga retornou ao Brasil, oportunidade em que foi
inspecionada pelo Ibama.
“A
partir dessa inspeção, resultaram diversos autos de infração, uma vez que foi
constatada a presença de pescados cuja comercialização é proibida, dentre os
quais, o agulhão negro. Daí o nome da operação”, explicou a Polícia Federal.
“Durante as investigações surgiram fortes indícios de que a saída ilícita do
que estava sendo exportado contou com a intermediação do servidor suspeito, o
qual passou a ser investigado”, acrescentou.
A
PF informou também que ao longo do inquérito foram identificados repasses
financeiros em favor do investigado efetuados por diversas empresas, algumas,
inclusive, sob fiscalização do Ministério da Agricultura. “Além disso, surgiram
evidências da incompatibilidade do patrimônio do investigado com os seus
rendimentos mensais, bem como, a existência de patrimônio oculto, o que
configura lavagem de capital”, complementou.
Radio Evangelho
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