O governo de união nacional
de Youssef Chahed tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (29) e terá de
fazer frente à crise econômica que o país atravessa há cinco anos, depois de
sua revolução. A cerimônia marcou a passagem de poder entre o primeiro-ministro
mais jovem da história moderna do país, 40 anos, e seu antecessor, Habib Esid,
67 anos.
"Espero que este
governo dure. O pior para este país é uma mudança de governo a cada ano",
declarou Esid. Chahed, um liberal do partido Nidaa Tounès, fundado pelo
presidente Beji Caid Esebsi, é o sétimo chefe de governo nos últimos seis anos
desde a revolução tunisiana da Primavera Árabe.
O governo de união de
Youssef Chahed obteve a confiança do Parlamento na sexta-feira à noite por uma
ampla maioria. Dos 217 deputados da Assembleia dos Representantes do Povo
(ARP), 167 votaram a favor do novo gabinete, 22 foram contra, além de cinco
abstenções, totalizando 194 presentes.
Com 26 ministros e 14
secretários de Estado, o gabinete mostra um aspecto rejuvenescido e feminizado,
com integrantes procedentes de vários partidos. Mas o governo enfrenta um
panorama complexo: crescimento econômico fraco, déficit fiscal inquietante e
pobreza e desemprego persistentes.
Estes temas provocaram em
janeiro passado os maiores protestos desde a revolução de 2011, deflagrada
pelos mesmos problemas e que levou à queda do ditador Zine el Abidine Ben Ali. Em
3 de agosto, o presidente Beji Caid Esebsi encarregou Chahed de formar um
governo de unidade nacional, depois que o primeiro-ministro Habib Esid recebeu
um voto de censura no Legislativo.
Globo. Com
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