Um temporal e fortes rajadas de ventos
causaram uma morte e vários desabamentos em cidades do interior de São Paulo na
noite deste sábado (4) e domingo (5). Meteorologistas analisam se o que
provocou os estragos em Jarinu foi um tornado. Em Campinas, já se sabe que
ocorreu uma microexplosão, que é um fenômeno semelhante.
Nos últimos seis dias, choveu 89,6 milímetros no Sistema Alto Tietê,
que abastece a Grande São Paulo. O número é 63% maior que a média histórica
para todo o mês de junho. A chuva acumulada já é a maior em 14 anos na região.
Nas últimas 24 horas, choveu 31,2 mm no Sistema Cantareira. Em 6
dias de junho, já estão acumulados 129,8 milímetros, número muito superior à
média esperada para o mês, que é de 58,1 milímetros.
Em Campinas, os fortes ventos de até
120 km/h que atingiram a cidade na madrugada de sábado para domingo causaram
diversos estragos. Meteorologistas
classificaram o fenômeno como "microexplosão", que
é uma nuvem carregada de ar, água e granizo que, acompanhada de ventos
intensos, atinge o solo de uma só vez, e não em funil, como ocorre com um
tornado. Cerca
de 2 mil clientes ainda estão sem luz na cidade.
A força da enxurrada destruiu
ruas e encheu casas de lama. "Acabei
perdendo cama, sofá, geladeira, fogão... tudo", desabafou o advogado
Lorival Santana, morador do Jardim Nova Esperança.
No
bairro São Quirino, o suporte metálico de uma casa caiu sobre um carro. “Era muita telha voando, muita
estrutura metálica e pedaços de madeira”, disse a estudante Cássia Oliveira. No
bairro Taquaral, árvores caíram em frente a escolas e sobre carros.
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