A agente de saúde comunitária
Fátima Viana, de 45 anos, foi estuprada e assassinada na semana passada na
Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. O crime foi confessado por Victor
Rodrigues Ramos, vizinho da vítima, que escondeu o corpo no jardim de sua casa.
Fátima era casada com o pastor Daniel Viana e mãe de dois
filhos. Eles lideravam a Igreja Batista Filadélfia de Lauzane Paulista. Amigos,
parentes e membros da igreja do casal estão cobrando respostas da Justiça, que
decidiu liberar o assassino.
“Ele violenta minha esposa, assassina minha esposa, confessa
isso dentro de um fórum, vai para uma delegacia e antes de eu reconhecer o
corpo da minha esposa no IML, esse cara tá na rua, como que eu vejo isso? Não
sei como que eu vejo isso, não”, desabafa o pastor.
Na manifestação realizada no
vão do MASP, na avenida Paulista esta semana, os pedidos eram pelo fim da
impunidade. Além de empunhar faixas e cartazes, os manifestantes também fizeram
orações.
Victor estava em liberdade condicional pelo crime de receptação.
O delegado Lupercio Dimove, do 23° Distrito Policial, que investiga o caso defende
que o criminoso devia ter ficado preso. Contudo, sua prisão preventiva foi
negada pela Justiça. Estranhamente, o documento em que a prisão é negada não
possui assinatura de nenhum juiz. Questionado, o Tribunal de Justiça afirmou
que não daria explicações por que o caso corre em segredo de Justiça.
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