O resgate das vítimas dos dois recentes terremotos no Japão, que mataram perto de 40 pessoas, continua neste domingo (17), em meio a chuvas e centenas de réplicas que seguem sacudindo a região sudoeste do país. Os serviços de emergências continuaram com a busca de pessoas que poderiam ter ficado presas nos desmoronamentos de casas e nos deslizamentos de terra na cidade de Kumamoto, a mais afetada, informou a televisão japonesa "NHK".
O número de mortos superou hoje 40 ao
somar 32 no terremoto da madrugada do sábado, o mais potente dos dois com 7,3
graus de magnitude na escala aberta de Richter, e outros nove no primeiro
terremoto da quinta-feira, segundo os últimos dados das autoridades japonesas. Mais
de 2.000 pessoas foram tratadas devido a ferimentos, cerca de 160 mil
permanecem em refúgios e 78 mil famílias seguem com o fornecimento de energia
elétrica cortado.
As Forças de Autodefesa do Japão, que
enviaram 15 mil soldados para ajudar nos trabalhos de resgate, estão fornecendo
água e mantimentos aos evacuados em várias localidades da região. Além das
constantes réplicas, que somam várias centenas, a chuva na região de Kumamoto
está dificultando os trabalhos dos serviços de socorro e leva riscos nas zonas
nas quais aconteceram deslizamentos de terra.
As autoridades japonesas, de fato,
recomendaram a 240 mil pessoas da região que abandonem suas casas e se refugiem
temporariamente em um lugar mais seguro. Autoridades japonesas ordenaram que
quase 250 mil pessoas deixassem suas casas após um devastador terremoto ter
abalado o sul da ilha de Kyushu. Mesmo em meio a piores condições
meteorológicas, a busca por sobreviventes continuava nas primeiras horas deste
domingo (17), no horário local.
O terremoto deste sábado (16) foi o
segundo maior terremoto a atingir a província deKumamoto, na ilha de Kyushu,
nas últimas 24 horas. O primeiro, na noite de quinta-feira (14), matou nove
pessoas. Forte chuva e vento estavam previstos para a noite passada, com
temperatura esperada de 13ºC. Bombeiros entregaram lonas para que residentes
pudessem cobrir os telhados danificados.
Imagens na televisão no sábado
mostraram incêndios, falhas de energia, pontes destruídas, rodovias rachadas e
buracos na terra. Residentes perto de uma represa foram orientados a deixar a
área por conta de temores de que pudesse romper, disse a emissora NHK. "Senti
um abalo forte no começo, depois fui jogado de um lado para outro como se
estivesse numa máquina de lavar", disse um aluno da Universidade de Tokai
que permanece isolado na vila de Minamiaso.
Cerca de 420 mil casas ficaram sem
água e 100 mil, sem eletricidade, disse o governo. A NHK disse que cerca de 240
mil pessoas haviam recebido ordens para deixarem suas casas na região afetada,
por conta da possibilidade de deslizamentos de terra. Alguns abrigos estavam
tão lotados que não admitiam mais pessoas, segundo a emissora. O
secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, disse que quase 80 pessoas
poderiam estar presas ou enterradas sob destroços. Equipes de emergência
resgataram 10 estudantes de um apartamento universitário na cidade de Minami,
no sábado.
Impacto
econômico
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, falando em um evento do G20 em Washington, disse que ainda era muito cedo para avaliar o impacto econômico do terremoto. Porém, o USGS, estimou que há 72% de chance de que os danos econômicos tenham excedido os US$ 10 bilhões. As principais companhias de seguros ainda não divulgaram estimativas de perdas.
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, falando em um evento do G20 em Washington, disse que ainda era muito cedo para avaliar o impacto econômico do terremoto. Porém, o USGS, estimou que há 72% de chance de que os danos econômicos tenham excedido os US$ 10 bilhões. As principais companhias de seguros ainda não divulgaram estimativas de perdas.
A Sony afirmou que uma
fábrica que produz sensores de imagens para celulares inteligentes continuará
fechada enquanto a empresa avalia os danos causados pelos tremores. Um dos
principais clientes da companhia em sensores de imagens é a Apple. As operações da Toyota e Nissan Motor
também foram suspensas. Até agora houve 347 terremotos subsequentes ao abalo
principal de quinta-feira com intensidade de 1 na escala usada no Japão,
afirmou a NHK.
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