A noite de ontem foi provavelmente a melhor para a pré-candidata democrata Hillary Clinton desde o início das primárias americanas em fevereiro. O primeiro motivo foi sua vitória sobre Bernie Sanders. O segundo foi a vitória avassaladora de Donald Trump nas primárias republicanas. Hillary é agora a maior favorita não apenas a levar a candidatura democrata, mas também a própria Presidência.
Havia no início da noite uma expectativa de que Sanders pudesse confirmar uma
onda que se espalhasse por outros estados, capaz de reduzir a vantagem de
Hillary e levá-la enfraquecida para a Convenção Democrata, prevista para julho
na Filadélfia. Contrariando pesquisas de boca de urna que sugeriam uma vitória
mais apertada, Hillary derrotou Sanders por uma margem perto de 16 pontos
percentuais.
Tal vitória simplesmente eliminou quaisquer chances que ainda restassem a Sanders – e elas já eram ínfimas.
Pela aritmética eleitoral, segundo as previsões do blog The Upshot, Hillary deverá encerrar a apuração com mais 138 delegados, perante 108 de Sanders. No total, ela deverá somar algo como 1445 delegados eleitos, e Sanders 1202. Mas Hillary ainda conta com 469 superdelegados, os líderes partidários que têm direito a voto na Convenção. Sanders tem apenas 31.
Ao todo, pelas contas do New York Times, o placar está em 1914 para Clinton; 1233 para Sanders – são necessários 2383 para garantir a indicação. Levando em conta as primárias que restam até a Convenção, Hillary tem pelo menos 100 delegados de folga em relação a seus planos. Para tirar a candidatura dela, Sanders precisaria daquilo que o estatístico Harry Enten, do site FiveThirty Eight, chama de “pequeno milagre”. É praticamente impossível.
A outra boa notícia para Hillary nas primárias de ontem foi a vitória de Trump pela inacreditável margem de 35 pontos percentuais. Trump é o adversário preferido da campanha de Hillary, e não é difícil entender o motivo. Na média das pesquisas eleitorais mantida pelo site RealClearPolitics, Hillary derrota Trump por quase 10 pontos de diferença – 48,8% a 39%. Sua vantagem sobre Ted Cruz cai para 2,3 pontos – 45,3% a 43%. E ela perde para John Kasich por uma diferença de quase 8 pontos percentuais – 48% a 40,2% para Kasich. Se Trump for o candidato republicano, a vitória de Hillary nas eleições de novembro se torna bem mais provável.
O cenário para Trump ainda é incerto. Mas ontem ele deu um passo fundamental para chegar à Convenção mais perto da meta de 1237 delegados, necessária para garantir a candidatura. Pela previsão do The Upshot, ele conquistou mais 90 delegados. Somou, portanto, 846 – perante 559 de Ted Cruz e 150 de John Kasich. A maior probabilidade é que Trump chegue à Convenção Republicana, em Cleveland, abaixo do patamar necessário para garatir a candidatura, 1191 pelas contas do FiveThirtyEight. Mas, quanto mais perto da meta, mais fácil será ele atingi-la atraindo delegados que não têm obrigação de votar nos vitoriosos das primárias – há cerca de 150 entre os republicanos.
Em resumo, eis as conclusões das primárias de Nova York: 1) Sanders está fora; 2) Trump recupera alguma chance de ser candidato já antes da Convenção; e 3) Hillary Clinton é a provável próxima presidente dos Estados Unidos.
Tal vitória simplesmente eliminou quaisquer chances que ainda restassem a Sanders – e elas já eram ínfimas.
Pela aritmética eleitoral, segundo as previsões do blog The Upshot, Hillary deverá encerrar a apuração com mais 138 delegados, perante 108 de Sanders. No total, ela deverá somar algo como 1445 delegados eleitos, e Sanders 1202. Mas Hillary ainda conta com 469 superdelegados, os líderes partidários que têm direito a voto na Convenção. Sanders tem apenas 31.
Ao todo, pelas contas do New York Times, o placar está em 1914 para Clinton; 1233 para Sanders – são necessários 2383 para garantir a indicação. Levando em conta as primárias que restam até a Convenção, Hillary tem pelo menos 100 delegados de folga em relação a seus planos. Para tirar a candidatura dela, Sanders precisaria daquilo que o estatístico Harry Enten, do site FiveThirty Eight, chama de “pequeno milagre”. É praticamente impossível.
A outra boa notícia para Hillary nas primárias de ontem foi a vitória de Trump pela inacreditável margem de 35 pontos percentuais. Trump é o adversário preferido da campanha de Hillary, e não é difícil entender o motivo. Na média das pesquisas eleitorais mantida pelo site RealClearPolitics, Hillary derrota Trump por quase 10 pontos de diferença – 48,8% a 39%. Sua vantagem sobre Ted Cruz cai para 2,3 pontos – 45,3% a 43%. E ela perde para John Kasich por uma diferença de quase 8 pontos percentuais – 48% a 40,2% para Kasich. Se Trump for o candidato republicano, a vitória de Hillary nas eleições de novembro se torna bem mais provável.
O cenário para Trump ainda é incerto. Mas ontem ele deu um passo fundamental para chegar à Convenção mais perto da meta de 1237 delegados, necessária para garantir a candidatura. Pela previsão do The Upshot, ele conquistou mais 90 delegados. Somou, portanto, 846 – perante 559 de Ted Cruz e 150 de John Kasich. A maior probabilidade é que Trump chegue à Convenção Republicana, em Cleveland, abaixo do patamar necessário para garatir a candidatura, 1191 pelas contas do FiveThirtyEight. Mas, quanto mais perto da meta, mais fácil será ele atingi-la atraindo delegados que não têm obrigação de votar nos vitoriosos das primárias – há cerca de 150 entre os republicanos.
Em resumo, eis as conclusões das primárias de Nova York: 1) Sanders está fora; 2) Trump recupera alguma chance de ser candidato já antes da Convenção; e 3) Hillary Clinton é a provável próxima presidente dos Estados Unidos.
G1
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