Queridos irmãos e irmãs! - A partir do
dia 12 de outubro deste ano até 12 de outubro de 2017, a Igreja no Brasil se
mobilizará para celebrar os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora, no
Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. Desde aquela data, a invocação de Nossa
Senhora da Conceição Aparecida, tornou-se uma invocação nacional, constituindo
a grande devoção à Padroeira do Brasil. “Aparecida é a mãe do pescador, é a mãe
do Salvador, é a mãe de todos nós”, assim cantamos. São 300 anos de devoção,
300 anos sob o olhar materno da Virgem Mãe, que não escolhe cor, nem condição
social para amar e proteger. Mas, ama a todos. É a “Virgem tão serena… Senhora
deste povo tão sofrido. Patrona dos pequenos e oprimidos”. Eis que, olhando a
pequenina e escura imagem de Nossa Senhora Aparecida não se consegue resistir
diante da ternura divina. Ela é sinal de que Deus não se esquece dos seus
filhos. A imagem negra de Maria lembra-nos essa verdade de fé: ao se encarnar,
o Filho de Deus uniu-se, de certo modo, a todo homem e toda mulher, como nos ensina
o Concílio Vaticano II. Não há nenhuma raça em que não se possa ver o rosto de
Jesus Cristo. A Mãe Aparecida vem nos mostrar isso.
Mas, há outra realidade que
Nossa Senhora Aparecida vem iluminar: desde 2007, com a realização da V
Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e caribenho, a Igreja neste
“continente da esperança”, vive da alegria da missão, que consiste em oferecer a
todos a misericórdia inesgotável de Deus. Há 300 anos é essa a mensagem da Mãe
de Deus: Deus usa sempre de misericórdia para com seus filhos e filhas.
Celebrar Nossa Senhora
Aparecida, iniciando o Ano Jubilar dos 300 anos da aparição da imagem, significa
reconhecer que o caminho da Igreja é o caminho da ternura e da misericórdia, da
vivência da alegria de sermos discípulos missionários de Jesus Cristo, Caminho,
Verdade e Vida, como nos recorda o Documento de Aparecida. Maria é o exemplo
dessa união com Cristo, que torna possível a sua missão. É o mesmo para nós: só
é possível ser missionários porque somos discípulos. E na verdade, o Senhor nos
chamou a fazer parte de sua missão. Somos, por sua graça, membros do seu corpo.
E por isso, também nós precisamos ser como Maria, isto é, por termos recebido a
graça da ternura e da misericórdia de sermos chamados a participar de sua vida,
somos enviados a evangelizar: a cantar como Maria – “a minh’alma engrandece o
Senhor e meu espírito de alegra em Deus, meu Salvador…, pois seu amor se
estende de geração em geração”.
Arquidiocese de Natal
Nenhum comentário:
Postar um comentário