As
mudanças profundas que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, pretende
implementar nos torneios internacionais comandados pela entidade podem afetar,
também, a vida dos clubes de todo o planeta. De acordo com o jornal "O
Estado de S. Paulo", os dirigentes do alto escalão da gestão do futebol
também estudam aumentar o número de participantes do Mundial de Clubes, que
passaria a ter 16 equipes. Esta seria uma das propostas a serem analisadas na
reunião do Comitê Executivo da Fifa, a partir da próxima quinta-feira, em
Zurique.
Segundo a publicação, alguns membros
da Fifa já falam abertamente no aumento do número de times no torneio, que
poderia ganhar espaço no calendário com a possível extinção da Copa das
Confederações - o torneio estaria gerando déficit para a entidade e pode não
ocorrer a partir de 2021, antes da Copa do Mundo do Catar. Este
"inchaço" no Mundial também afetaria diretamente o torneio de futebol
nas Olimpíadas, que pode passar a não contar mais com atletas profissionais.
Atualmente,
o Mundial de Clubes conta com a participação de sete equipes: um representante
de cada confederação continental (África; Américas Central e do Norte; América
do Sul; Ásia, Europa e Oceania), mais o campeão nacional do país que sedia o
torneio. Os clubes campeões da Taça Libertadores e da Liga dos Campeões têm o
privilégio de entrar na disputa apenas nas semifinais.
O jornal também aponta que a principal
proposta de Infantino a ser estudada pelo Comitê Executivo, o aumento no número
de participantes da Copa do Mundo, estaria com alguns aspectos já desenhados.
Para passar a abrigar 48 seleções - em vez das atuais 32 -, o torneio passaria
a ter uma fase preliminar com dois mata-matas, na qual 32 times cairiam para 16
e se juntariam a outros 16 classificados diretamente para o torneio regular
(fase de grupos e posterior mata-mata).
Até
mesmo a divisão de vagas já estaria praticamente selada, e a Conmebol teria
recebido, de acordo com a publicação, a promessa de ter cinco vagas e
"meia", com uma sexta seleção participando de uma repescagem. Isso
abriria a possibilidade de que apenas quatro das 10 seleções filiadas à
confederação sul-americana ficassem fora da Copa do Mundo - atualmente, as
eliminatórias do continente dão quatro vagas diretas e outra para a repescagem.
Esta proposta de aumento, entretanto,
esbarraria em dois obstáculos: a resistência de algumas federações da Europa e
das emissoras de televisão, que podem pagar um alto valor pelos direitos de
transmissão e ver a equipe de seu país ser eliminada depois de apenas uma
partida. Infantino também teria a proposta de fazer a Copa em diversas sedes
simultâneas - como será a Eurocopa de 2020, repartindo os custos. Os cartolas
estariam desejando escolher a sede de 2026 entre 2017 e 2019.
Globo Esporte
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