Em
novos casos de atrocidades que têm como vítimas adolescentes, o Estado Islâmico
decapitou um jovem por ouvir música pop e matou a tiros outros dois que
faltaram as orações de sexta-feira, informou a mídia curda. Os casos ocorreram
em Mossul, reduto do grupo no Iraque, e fazem parte de uma política de
repressão a liberdades individuais. Mas também podem ser vistos como uma
tentativa desesperada de propaganda, em um momento em que os jihadistas estão
perdendo terreno no país com avanços das forças inimigas.
egundo
a agência curda de notícias “Ara News”, o adolescente Ayham Hussein, de 15
anos, foi preso por jihadistas depois de ser encontrado ouvindo música
ocidental na mercearia de seu pai. Em seguida, ele foi levado a um tribunal
islâmico e condenado à morte. O jovem foi decapitado em praça pública e o corpo
dele foi depois enviado à família. A história não foi confirmada de forma
independente, mas a mídia curda indica que o caso levou a uma rara demostração
de revolta.
Os
jihadistas consideram a música como instrumento de corrupção e proíbem que elas
sejam tocadas em lojas, escolas e espaços públicos. Outros dois jovens também
foram presos na última sexta-feira por não terem comparecido às orações na
mesquita de Mossul, informou a mesma agência. O ativista local Abdulah al-Malla
contou que eles foram baleados do lado de fora do templo dois dias depois da
detenção.
“A
execução ocorreu depois de ser lido no tribunal uma declaração determinando que
qualquer pessoa que falte as orações na mesquita enfrentem a mesma punição”,
disse o ativista. No final de janeiro, um garoto de 14 anos foi brutalmente
executado na Síria por acusações semelhantes e seus pais foram forçados a
assistir à decapitação do próprio filho.
O Globo
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