A falta de saneamento
básico e de infraestrutura urbana foram mais uma vez apontadas entre as causas
da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do
chikungunya e zika – relacionada a danos neurológicos irreparáveis. Com a
chegada das chuvas e do verão, especialistas reunidos no Rio de Janeiro
reafirmaram que novos surtos não estão descartados e alertaram para novas
doenças que também podem ser transmitidas pelo mosquito.
O
epidemiologista Mauricio Barreto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz na
Bahia, que estuda a zika e outras doenças relacionadas à pobreza, destacou que
o problema começou a se desenhar há cinco anos, quando a dengue atingiu picos
de infecção.
“A
dengue já era, em 2011, um claro insucesso, reflexo de nossa falta de
capacidade de resolver problemas estruturais, de saneamento etc. Daí se
desdobra, dois anos depois, na chikungunya e na zika e pode se desdobrar em
outras, porque o Aedes aegypti pode transportar outros vírus”, disse o
especialista durante o simpósio The Zika menace in Americas: challenges and
perspectives. Barreto citou o vírus West Nile, que hoje circula nos Estados Unidos
mas que, um dia, pode vir para o Brasil.
Robson pires
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